era pós-mídia, ritornello

Este termo foi cunhado durante os anos de luta pela rádio gratuita e os movimentos de contra-informação que se desenvolveram, particularmente na época da primeira Guerra do Golfo e especialmente em vista do papel desastroso dos meios de comunicação de massa. (Extrato em vídeo “Sobre a Guerra do Golfo” visível no site).

Foi durante uma entrevista organizada pelo “Canal Déchaîné” que Félix Guattari definiu este termo e, portanto, o trabalho que estávamos fazendo. Para iniciar a entrada na era dos Correios, ele parte da mesma observação descrita na apresentação do Caosmose:

“… todas as disciplinas terão que unir sua criatividade para conjurar as provas da barbárie, da implosão mental, do espasmo caótico, que se aproximam no horizonte. ”

“… Uma das condições primordiais é considerar que as lutas não se situarão apenas no nível econômico, no nível político, mas também no nível da subjetividade e, em particular, no nível dos meios de comunicação de massa. Daí esta perspectiva, que me parece interessante em seu projeto, é a idéia de iniciar a entrada na Era Pós-Mídia. Ou seja, uma reapropriação, não apenas da fabricação de meios de comunicação de massa, não apenas da produção de informações, da recomposição de informações, mas também da recomposição de sistemas de consulta, diálogo, destaque de sensibilidades, de reapropriação estética da produção de imagens, da produção audiovisual. É somente através deste tipo de redefinição de lutas, práticas sociais, práticas de mídia de massa e outras, que outros tipos de polaridades alternativas podem ser iniciadas e cristalizadas…
Dentro desta estrutura, outros modos de produção e criação têm seu lugar
– Produção de som, entrevistas, música. A criação de um rádio multilíngue é possível.
– produção gráfica e fotográfica
– produção de vídeo, entrevistas filmadas, filmes documentários, ficção, vídeo-arte…